Dor em ratos de laboratório

Segundo estudos realizados, as expressões faciais dos ratos são muito semelhantes às dos humanos quando submetidos à dor. Estas expressões levaram os cientistas a criar uma escala de dor dos ratos, o que permitirá ajudar na pesquisa e desenvolvimento de novas drogas.
Estes estudos são baseados no código de observação usado para controlar a dor em bebés e em pessoas que não conseguem expressar verbalmente a sua dor física, mas nunca tinham sido transposto para outros seres que não humanos.
A maior parte dos testes de medicamentos para as dores, falham nos testes humanos, porque os testes em ratos são baseados na sensibilidade do toque o que não é um bom indicador para a dor espontânea. Esta escala de dor ajuda a catalogar a dor nos animais usados para testes.
Mogil (co-autor do estudo) reparou pela primeira vez nas expressões faciais dos ratos em 2006. Ele notou que os ratos comunicavam a sua dor pelas expressões faciais e que interpretavam as expressões faciais e movimentos corporais dos ratos em estudo.
Para desenvolver o estudo Mogil induziu a dor nos ratos que classificou de moderada a intensa e usou câmaras de alta definição para monitorizar as suas expressões. Os investigadores usaram cinco expressões faciais para determinar a dor nos ratos: o aperto dos olhos, o inchaço do nariz e das maçãs do rosto e o movimento das orelhas e dos bigodes. Enquanto os movimentos dos bigodes e e das orelhas não se registam nos humanos, os outros três foram retirados directamente da escala humana.
Em 1872 Charles Darwin descreveu no seu livro “The Expression of the Emotions in Man and Animals” as expressões faciais registadas em roedores.
Segundo a psicóloga Amanda C da University College London, ”
“Convém-nos pensar que os animais não têm uma profundidade real de sentimento ou emoção, por isso é que para nós é aceitável tratá-los mal. As práticas agrícolas não são muito sensíveis aos sentimentos dos animais. É conveniente pensar que eles não estão sentindo essas coisas.”

Escreva uma resposta ou comentário